Hora de volta para a casa

Desabrigados da região comemoram trégua da chuvarada

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Muitas famílias aproveitaram o tempo seco no fim de semana para limpar as casas atingidas pela enchente e retomar a vida normal. A trégua na chuva fez com que o nível dos rios baixasse. Foi o que aconteceu em pelo menos dois dos sete municípios da Região Central em que havia desabrigados (instalados em abrigos) ou desalojados (que foram para casas de parentes). Nos próximos dias, mais famílias devem conseguir voltar para casa.

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Em Restinga Seca, a Defesa Civil monitora a localidade de Jacuí, onde ocorre a confluência de três rios: Vacacaí, Vacacaí-Mirim e Jacuí. Conforme o coordenador do órgão no município, Elizandro Librelotto, das 20 famílias que haviam deixado as casas, pelo menos três ainda não conseguiram retornar.

– O nível das águas naquela região só baixa um dia e meio ou dois depois que para de chover. Outro problema na região é que 80% das lavouras de arroz estão embaixo d’água – relatou.

No município vizinho de Agudo, as quatro famílias que precisaram ser removidas por conta da alta do Jacuí ainda estariam fora de casa. Lauri Klein, coordenador de Obras da Secretaria de Infraestrutura, Obras, Serviços e Trânsito, diz que o nível do rio chegou bem próximo à marca alcançada em 5 de janeiro de 2010, quando a ponte sobre a RSC-287 caiu e provocou a morte de cinco pessoas que estavam sobre a estrutura. Naquela época, o Jacuí chegou a cerca de nove metros acima do nível normal.

Conforme o comerciante José Mauro D’Ávila, que mora no balneário de Cerro Chato, onde a balsa fez a travessia dos veículos após a queda da ponte, no lado de cima da estrutura (lado direito, no sentido Santa Maria-Agudo), o nível do rio praticamente se igualou a 2010: faltaram 60 centímetros para a água chegar à mesma marca.

– Desta vez, o rio subiu aos poucos. Tanto é que deu tempo de eu tirar as coisas de dentro de casa. Em 2010, foi como se tivesse uma onda. Em questão de 15 minutos, a água subia meio metro – recorda.

A SITUAÇÃO

Em Jaguari
– O nível do Rio Jaguari, que chegou a 11 metros, já baixou. Pelo menos 70 famílias tiveram de abandonar suas residências nos bairros Sagrado Coração de Jesus, Mauá e Núcleo Habitacional. Conforme Defesa Civil, Adilson da Silva, o número de desabrigados será atualizado hoje, uma vez que muitas pessoas precisam limpar as casas antes de voltar. Maioria está na casa de parentes, mas quatro estão em um abrigo

Em Santa Maria
– 65 famílias do Passo do Verde deixaram suas casas no balneário por causa da cheia do Rio Vacacaí. Elas foram abrigadas nas residências de amigos e parentes

Em São Sepé
– O rio baixou e a maioria das 25 famílias que residem nos bairros São Cristóvão e Cristo Rei já voltaram para casa. Cinco permaneciam em casas de familiares ontem porque os móveis e eletrodomésticos retirados por causa da enchente serão levados de volta hoje. O Rio São Sepé, que chegou a oito metros, ontem já havia baixado um metro. No sábado, a prefeitura começou a fazer o levantamento de danos em pontes e estradas do interior e alguns consertos.

Em Rosário do Sul
– A cheia do Rio Santa Maria mantém 72 famílias fora de casa. O nível, que chegou a cinco metros acima do normal, baixou, mas ainda não é o suficiente para que as pessoas voltem para casa. Algumas estão abrigadas em residências de amigos e parentes, mas a maioria (52) está no ginásio da escola municipal Olivério Tadeu. Se o tempo continuar seco, a previsão da Defesa Civil municipal é de que as famílias consigam retornar para as casas entre amanhã ou quarta-feira

Em São Gabriel
– As 20 famílias dos bairros Mato Grosso e Beira Rio que estavam desalojadas por "

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